terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu me confesso

Vamos por as coisas nos seguintes termos, não sou escritor e acredito que a maior parte dos bloguers (?!) também não o sejam, pelo menos de forma profissional.
Tenho no meu círculo de amizades, pessoas que escrevem bem, profissionalmente, ou de forma quase profissional, e confesso que não sei como o fazem... ou melhor, não sei como conseguem.
Quero com isto dizer que o ímpeto criativo não mora em mim. Já procurei, e não encontrei. Não sei, e na verdade também nunca tentei, escrever por obrigação, portanto tudo isto é muito novo...e estranho.

Pela primeira vez publiquei fora do espaço semi-restrito do Facebook, e o feed-back tem sido para lá das minhas melhores expectativas, o que não é dificil, uma vez que não havia expectativas à partida, mas 500 visualizações depois, senti-me como que obrigado a dizer qualquer coisa sobre o tema.

Como será fácil de verificar, não faço ideia o que seja o acordo ortográfico. O meu português tradicional já leva cada pontapé nos ss nos ç nos ões nos ôem e nos êem, que a aventura pelo acordo seria com certeza um atentado sobre outro atentado, ao que o blogue correria o risco de ser mais conhecido pelas suas calinadas, vulgo desacordo, do que propriamente pelo seu eventual conteúdo.

O mesmo se passa com as pontuações. Talvez porque admirei tanto o Saramago que tantos odeiam, assumi que esta coisa da pontuação era um pouco arbitrária... digamos, criativa. Vai daí, e como provavelmente o Professor Carmo, que tantos ex-alunos do CM e do Manuel Bernardes conhecem, não é um dos meus leitores, tomei a liberdade de me ir esticando... e sim, ocasionalmente uso os gerundios como rindo, lendo, brincando... influencia da minha infância de emigrante passada em São Paulo, Brasil. Não tem nada a haver com Gabriela, e córóneis e quengas ou invertidos... é mesmo uma memória implantada.

Regresso aos parágrafos de abertura.
Não sei de onde vem a inspiração, acho que é um ligar de pontas soltas que um dia parece uma história e, toca a escrever. No entanto tenho por minha a ideia de que só vale a pena escrever se valer a pena ler e nesse aspecto sou muito crítico comigo mesmo. Ao contrário da minha amiga Bárbara que escreve melhor quando está irritada e tem pela frente um bom copo de vinho, eu não escrevo se estou irritado e se for tinto o mais provável é ir dormir a seguir. Por outras palavras, é possível, é provável, é quase certo, que este blogue tenha alguns, mais ou menos longos, períodos de bradicárdia, já para não dizer completa assistolia. Não levem a mal, não é falta de respeito por quem perde o seu tempo a ler isto, é mesmo falta de tema interessante que valha a pena.

Dito isto...
Obrigado a todos os que me têm empurrado para este precipício e  deixo aqui um verdadeiro aviso à navegação: "Keep your expectations, low..."







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